quinta-feira, 4 de abril de 2024

25 de abril, 25 poemas

 A cor da liberdade

Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.


Jorge de Sena


https://arquivos.rtp.pt/conteudos/entrevista-a-jorge-de-sena/

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