quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Fórum: Livros e Leituras


Neste mês dedicado às Bibliotecas Escolares era imperativo falarmos de livros e leituras!
Para enriquecer e colorir as leituras, convidámos o professor Vilaça, um professor de Português verdadeiramente transversal. Um excelente contador de histórias!

Livros e Leituras


Decorreu hoje mais um encontro informal de alunos e professores sobre  leituras.
Conversa-se ao sabor do vento. Hoje alguém sugeriu um poema de Manuel António Pina, «Todas as palavras». Hoje, a conversa foi mesmo como as cerejas. De Pina a Camões, passando por outros lugares...

terça-feira, 23 de outubro de 2012

DN disponibiliza 12 livros de Camilo Castelo Branco, em formato digital

Ilustração de Júlio Pomar

DOZE livros de Camilo Castelo Branco, digitalizados a partir de edições que pertencem ao espólio da Biblioteca Nacional, estão a partir de hoje disponíveis no site do Diário de Notícias. Estas obras podem ser lidas gratuitamente em qualquer computador pessoal que possua o programa Acrobat Reader (ou qualquer outro compatível com este formato) ou num tablet como, por exemplo, um iPad, utilizando para isso a aplicação iBooks. 
Este trabalho da Biblioteca Nacional para o Diário de Notícias associa-se à semana promovida no Centro Cultural de Belém em torno dos 150 anos do "Amor de Perdição".

- A Brazileira de Prazins 
- A Morgada de Romariz 
- A Sereia 
- A Viúva do Enforcado 
- Amor de Perdição 
- Amor de Salvação 
- Aventuras de Bazílio Fernandes Enxertado 
- Gracejos que Matam 
- Lucta de Gigantes 
- Maria Moysés 
- O Esqueleto 
- Sentimentalismo e Historia

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Manuel António Pina



Morreu Manuel António Pina, como todos sabemos.
Deixou uma marca na poesia, no jornalismo, na literatura, que o lembrará para sempre.
Deixamos aqui uma bela poesia dita por ele.
Passa pela BE, onde poderás consultar outras obras que colocamos em destaque.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O Gebo e a Sombra


A poucas semanas de completar 104 anos, Manoel de Oliveira vê a sua obra em cartaz. O Gebo e a Sombra, obra literária homónima de Raul Brandão que retrata a pobreza, a relação com o dinheiro e a honestidade, serviu de mote ao "decano dos realizadores mundiais", como afirma o JL.
O Gebo e a Sombra, Raul Brandão - Texto Integral

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Sábios como Camelos


Sábios como Camelos 
de José Eduardo Agualusa

 Há muitos anos viveu na Pérsia um grão-vizir - nome dado naquela época aos chefes dos governos - que gostava imenso de ler. Sempre que tinha de viajar ele levava consigo quatrocentos camelos, carregados de livros, e treinados para caminhar em ordem alfabética. O primeiro camelo chamava-se Aba, o segundo Baal, e assim por diante, até ao último, que atendia pelo nome de Zuzá. Era uma verdadeira biblioteca sobre patas. Quando lhe apetecia ler um livro o grão-vizir mandava parar a caravana e ia de camelo em camelo, não descansando antes de encontrar o título certo. Um dia a caravana perdeu-se no deserto. Os quatrocentos camelos caminhavam em fila, uns atrás dos outros, como um carreirinho de formigas. À frente da cáfila, que é como se chama uma fila de camelos, seguiam o grãovizir e os seus ministros. Subitamente o céu escureceu, e um vento áspero começou a soprar de leste, cada vez mais forte. As dunas moviam-se como se estivessem vivas. O vento, carregado de areia, magoava a pele. O grão-vizir mandou que os camelos se juntassem todos, formando um círculo. Mas era demasiado tarde. O uivo do vento abafava as ordens. A areia entrava pela roupa, enfiava-se pelos cabelos, e as pessoas tinham de tapar os olhos para não ficarem cegas. Aquilo durou a tarde inteira. Veio a noite e quando o Sol nasceu o grão-vizir olhou em redor e não foi capaz de descobrir um único dos quatrocentos camelos. Pensou, com horror, que talvez eles tivessem ficado enterrados na areia. Não conseguiu imaginar como seria a vida, dali para a frente, sem um só livro para ler. Regressou muito triste ao seu palácio. Quem lhe contaria histórias? Os camelos, porém, não tinham morrido. Presos uns aos outros por cordas, e conduzidos por um jovem pastor, haviam sido arrastados pela tempestade de areia até uma região remota do deserto. Durante muito tempo caminharam sem rumo, aos círculos, tentando encontrar uma referência qualquer, um sinal, que os voltasse a colocar no caminho certo. Por toda a parte era só areia, areia, e o ar seco e quente. À noite as estrelas quase se podiam tocar com os dedos. Ao fim de quinze dias, vendo que os camelos iam morrer de fome, o jovem pastor deu-lhes alguns livros a comer. Comeram primeiro os livros transportados por Aba, ou seja, todos os títulos começados pela letra A. No dia seguinte comeram os livros de Baal. Trezentos e noventa e oito dias depois, quando tinham terminado de comer os livros de Zuzá, viram avançar ao seu encontro um grupo de homens. Eram as tropas do grão-vizir. Conduzido à presença do grão-vizir o jovem guardador de camelos, explicou-lhe, chorando, o que tinha acontecido. Mas este não se comoveu: - Eras tu o responsável pelos livros - disse -, assim por cada livro destruído passarás um dia na prisão. O guardador de camelos fez contas de cabeça, rapidamente, e percebeu que seriam muitos dias. Cada camelo carregava quatrocentos livros, então quatrocentos camelos transportavam cento e sessenta mil! Cento e sessenta mil dias são quatrocentos e quarenta e quatro anos. Muito antes disso morreria de velhice na cadeia. Dois soldados amarraram-lhe os braços atrás das costas. Já se preparavam para o levar preso, quando Aba, o camelo, se adiantou uns passos e pediu licença para falar: - Não faças isso, meu senhor - disse Aba dirigindo-se ao grão-vizir - esse homem salvou-nos a vida. O grão-vizir olhou para ele espantado: - Meu Deus! O camelo fala!? - Falo sim, meu senhor - Confirmou Aba, divertido, com o incrédulo silêncio dos homens. - Os livros deram-nos a nós, camelos, a ciência da fala. Explicou que, tendo comido os livros, os camelos haviam adquirido não apenas a capacidade de falar, mas também o conhecimento que estava em cada livro. Lentamente enumerou de A a Z os títulos que ele, Aba, sabia de cor. Cada camelo conhecia de memória quatrocentos títulos. - Liberta esse homem - disse Aba -, e sempre que assim o desejares nós viremos até ao vosso palácio para contar histórias. O grão-vizir concordou. Assim, a partir daquele dia, todas as tardes, um camelo subia até ao seu quarto para lhe contar uma história. Na Pérsia, naquela época, era habitual dizer-se de alguém que mostrasse grande inteligência: - Aquele homem é sábio como um camelo. Isto foi há muito tempo. Mas há quem diga que, quando estão sozinhos, os camelos ainda conversam entre si. Pode ser!

Revista InfoCEDI

Durante o verão saíram mais dois números da InfoCEDI:

a nº 41 é dedicada à Criança e à Poesia;
a nº 42 é dedicada à Adoção Nacional.

I´m reading a book

Outubro: mês das Bibliotecas Escolares



1 de outubro - Dia Mundial da Música


terça-feira, 2 de outubro de 2012

Apresentação da BE Nuno Simões aos alunos do 5º ano

Tem sido uma semana em cheio! As cinco turmas do 5º ano foram convidadas a vir à BE para conhecer o seu espaço,as suas regras e as suas potencialidades. A visita terminou com o jogo "Caça ao livro", tendo como ponto de partida a tabela CDU.

Em Louredo

A BE de Louredo deu as boas vindas aos alunos da escola e dinamizou atividades com todas as turmas. Foi uma manhã bem passada!