Novembro: frio, chuva, dias curtos. O meu imaginário apela para aqueles fins de tarde à lareira a ouvir contar histórias… Infelizmente no nosso século XXI urbano, do mp3 e da Internet, sobram poucas lareiras e contar histórias parece fora de moda! Talvez seja um sintoma de “falta de memória” do nosso tempo.
Esta função do nosso cérebro não é apenas importante para o estudo ou as pequenas coisas do dia-a-dia (“ – lembra-te disto”… “ – não te esqueças daquilo”…) mas é sobretudo essencial para o nosso equilíbrio e identidade. Todas as nossas experiências passadas não são simplesmente armazenadas na memória, como algo que se pudesse pôr e tirar, mas são elas que vão construindo aquilo que somos. Na nossa história está a fonte dos nossos gostos, desejos, aspirações e também limites. Recordar é por isso um exercício fundamental para nos conhecermos: reler o nosso passado à luz do presente, de modo a projectar o futuro.
A memória é também algo de comunitário. A sociedade em que vivemos hoje é fruto de uma história colectiva que é preciso conhecer e mais ainda ouvir contar, através de pessoas em primeiro lugar, mas também pelos livros, na música, na arte… Só com esta consciência do passado conseguimos viver plenamente o presente, com as suas limitações, lutando por uma sociedade mais justa, mais fraterna. A memória é assim o verdadeiro cimento da comunidade.
António Ary
Esta função do nosso cérebro não é apenas importante para o estudo ou as pequenas coisas do dia-a-dia (“ – lembra-te disto”… “ – não te esqueças daquilo”…) mas é sobretudo essencial para o nosso equilíbrio e identidade. Todas as nossas experiências passadas não são simplesmente armazenadas na memória, como algo que se pudesse pôr e tirar, mas são elas que vão construindo aquilo que somos. Na nossa história está a fonte dos nossos gostos, desejos, aspirações e também limites. Recordar é por isso um exercício fundamental para nos conhecermos: reler o nosso passado à luz do presente, de modo a projectar o futuro.
A memória é também algo de comunitário. A sociedade em que vivemos hoje é fruto de uma história colectiva que é preciso conhecer e mais ainda ouvir contar, através de pessoas em primeiro lugar, mas também pelos livros, na música, na arte… Só com esta consciência do passado conseguimos viver plenamente o presente, com as suas limitações, lutando por uma sociedade mais justa, mais fraterna. A memória é assim o verdadeiro cimento da comunidade.
António Ary
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